Fundamentação

A teoria piagetiana defende que durante o período pré-operacional a criança aprende, e portanto se desenvolve, a partir de suas interações com as pessoas e os objetos.

São estas atuações diretas e concretas que nutrem os esquemas cognitivos e afetivos da criança, provocando assimilações e acomodações que resultam na construção de conhecimentos físicos, lógico-matemáticos e sociais.

Durante esta fase do desenvolvimento infantil, a ludicidade é um dos principais caminhos para a aprendizagem, pois gera uma motivação endógena na criança que desencadeia suas buscas e descobertas.

Os materiais pedagógicos precisam, portanto, ser divertidos na forma e repletos de informações interdisciplinares no conteúdo, para promover o conflito cognitivo na criança e resultar na construção de novos conhecimentos.

Segundo a perspectiva vygotskyana, o desenvolvimento da criança é um processo de internalização de comportamentos e signos culturalmente desenvolvidos, através da sua interação com membros mais experientes e da mediação dos sistemas simbólicos.

Portanto, os materiais didáticos devem oportunizar a relação interpessoal concreta, através da interação direta entre os indivíduos ou através do contato da criança com elementos do seu ambiente cultural.

Quanto ao tecido, ele é um recurso material privilegiado, pois além de expor os conteúdos didáticos, ele apresenta qualidades que lhe são particulares: é convidativo à interação, acrescenta o sentido do tato na investigação, desenvolve a afetividade pelo objeto do conhecimento, além de ser seguro e durável.